Ainda continuamos no dilema da retoque, são poucas informações e muitos testes realizados, no qual acredito que agora estou caminhando para o sucesso no final do processo.
Acima temos o quadro com todos os tubos lixados chegando na tinta de base, onde não temos mais a camada perolada, mas temos a vantagem de recuperar a cor original da bicicleta. Os tubos inferiores da roda traseiras e as conexões não estão lixadas na foto, com isto é possível verificar a diferença de brilho e tonalidade de cor, o mais interessante é que ficamos imaginando o que esta bike já passou, o que fez queimar tanto sua pintura, foi uma bike de passeio? uma bike de competição? São tantas opções neste 36 anos de história.
Devido a qualidade da pintura é que pensamos muito antes de raspar toda tinta, conforme observamos na imagem acima, no qual também vemos a diferença da tinta base e da camada perolada. No retoque sem remover o perolado dificilmente acertaríamos, por isso chegar na camada de base foi importante para este processo.
Após essa remoção, fizemos um trabalho de raspagem da tinta com uma faca (já conhecida de vocês) este processo foi fundamental, pois em alguns locais que só tínhamos um pequeno ponto escuro e ao raspa-lo ele foi soltando a tinta e por baixo exibindo uma camada de aço enferrujado, após essa raspagem grosseira trabalhamos com uma lixa 800, 1200 e 2000 para suavizar as camadas de tinta, no qual criamos um efeito de contorno entre fundo e base.
Após a lixa, resolvemos passar um conversor de ferrugem, pois em alguns pontos a ferrugem ainda estava presente, e necessitaríamos de uma proteção no qual optamos pelo TF7. Na embalagem recomenda-se utilizar o produto apenas no metal, onde o produto faz a reação química e onde existe tinta ele cria uma película de proteção, então passamos o produto com um pincel em toda a superfície, pois queríamos facilitar a remoção do excesso de base sobre a camada amarela e esta película se mostrou importante.
Para o retoque compramos uma pistola de aerografo (para variar via Mercado Livre) e fizemos toda os retoques e após lixamos as peças retocadas, removendo a tinta onde não tinha dado muita aderencia no metal e também a tinta que estava sobre a base amarela. O resultado final desejado era cobrir com a base prime só a parte de metal, enchendo os supostos buracos que criamos ao raspar a tinta.
No detalhe o acabamento fino realizado.
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